Importante instrumento de estabelecimento de contato, o cartão de visitas abre portas para o profissional e o faz ser lembrado.
O cartão de visitas é um dos elementos mais importantes do relacionamento pessoal, social e profissional. Ele destaca nome, profissão, cargo e contatos refletindo a marca pessoal e profissional de quem o entrega. Por ser uma das maneiras de convidar outra pessoa a manter contato, o cartão de visitas precisa transmitir credibilidade e comunicar de forma fácil e eficiente.
Segundo os diretores de criação da MELT, Juliana Zarattini Cipoli e Diego Maricato, criar um cartão de visitas parece tarefa fácil que qualquer um pode fazer, mas é preciso estar atento a diversas armadilhas que criam barreiras para a comunicação. Por isso, os especialistas ensinam o passo a passo para um bom cartão e dão dicas para evitar erros comuns que acabam com o networking.
1. Formato e Margens:
O tamanho padrão de um cartão de visitas é 9 x 5 cm, mas podem ter variações. Ocupar toda essa área disponível pode parecer irresistível, mas é importante lembrar de deixar margens em todas as bordas. Isso traz uma sensação de leveza ao cartão. O respiro no topo também pode ser um pouco maior.
2. Fontes:
Usar muitas tipologias em um mesmo cartão cansa. Escolha uma ou duas fontes para não correr o risco de errar.
3. Tamanho da fonte:
Exagerar no tamanho pode ser desnecessário e ocupar espaço demais. Deixar a fonte muito pequena pode fazer os mais velhos suarem para enxergar os dados do cartão. O ideal é sempre imprimir e analisar se a leitura não está prejudicada.
4. Cores escuras:
Essa é uma das armadilhas que só costuma ser percebida ao receber os impressos. Os fundos escuros na hora da impressão costumam invadir as letras claras extremamente finas ou pequenas. Por isso, é preciso tomar cuidado e engrossar as fontes fininhas para não ter surpresas desagradáveis.
5. Cores:
Um cartão com cores escuras de um lado e claras de outro pode correr o sério risco de manchar. Essas manchas acontecem quando os impressos são empilhados antes de estarem completamente secos. Para evitar esse problema use algum tipo de laminação.
6. Frente e verso:
Hoje a diferença entre os preços para imprimir um cartão somente usando a frente ou explorando os dois lados é muito pequena. Então, muitas vezes, para preservar a marca sem elementos muito próximos a ela, o ideal é deixar um lado reservado para ela.
7. Papel:
A escolha do papel pode influenciar muito o resultado final. O papel mais usado é o couché fosco e o mais indicado para quem não quer correr riscos. Esse papel costuma deixar as cores vivas, já que não absorve demais as tintas como um papel “uncoated” (um exemplo é o sulfite). Tudo depende da proposta do cartão. É possível ter resultados ótimos com o papel supremo, que tem um custo menor por ser menos nobre. Já o papel vergé pode trazer surpresas desagradáveis, além de absorver bastante a tinta, sua textura pode dificultar a leitura de tons claros.
8. Gramatura:
Afinal o que significa 250g ou 300g? O certo é, por exemplo, dizer 300g/m², e representa o peso do papel por metro quadrado. Isso significa que quanto mais pesado, mais grosso o papel é. Um cartão encorpado não dobra fácil, não rasga e nem é preciso dizer que pode refletir um pouco sobre a solidez do seu negócio.
9. Manchas de dedo:
Essa dica vale para qualquer impresso. Quem nunca pegou em um folder ou em um cartão de visita preto e percebeu que em poucos segundos ele fica todo manchado pela gordura da pele? Isso acontece na maioria dos papéis, mas o que mais sofre desse mal é o couché brilho. Uma boa dica para amenizar o problema é usar a laminação fosca.
10. Acabamentos e facas especiais:
Qual a diferença entre as laminaçōes disponíveis no mercado? A laminaçāo fosca é àquela camada que parece um veludo sobre o cartão. Ela sempre cai bem, protege o impresso e dá aquele ar de bem acabado.
A laminação brilhante deixa toda a superfície do cartão com um brilho intenso. Já a reserva de verniz UV é o efeito usado para destacar com brilho somente algumas áreas do cartão, normalmente o logo. Esse último acabamento é considerado “batido”, já que foi insistentemente usado, mas ainda impressiona e agrada bastante. Para utilizar a reserva de verniz, um arquivo a parte deve ser elaborado indicando as áreas onde o verniz ficará.
As facas especiais podem dar personalidade e charme ao cartão, mas não arrisque usar a faca em uma gráfica de qualidade duvidosa, pois o corte pode ficar mal feito.
De acordo com Maricato e Juliana, na hora de criar um cartão de visitas nenhuma regra é tão rígida que não possa ser quebrada, tudo vai depender da proposta da marca. Mas é importante lembrar que a qualidade visual desse pedacinho de papel representa uma imagem pessoal ou empresarial e pode ser decisiva para futuros contatos.